segunda-feira, 18 de junho de 2012

Departamento Infantil

PREFÁCIO

Esta apostila foi especialmente preparada para você que está envolvido no ensino aos pequeninos e deseja obter orientações básicas para este ministério.

Aos diletos leitores e alunos que procurem ampliar com zelosa aplicação, as idéias e orientações que enfeixamos neste modesto estudo, no elevado propósito de servir a Jesus e a sua igreja.

Que Jesus, o Divino Mestre, o Mestre dos Mestres, para cuja glória nos demos a este labor, se digne aprová-lo com as bênçãos e inspirações constantes.

INTRODUÇÃO

Queremos apresentar através destas considerações o que é evangelismo infantil, como fazê-lo e sua necessidade em nossa Pátria, bem como o mundo.

É da vontade de Deus que as crianças sejam salvas, ainda na tenra idade. Se quisermos realmente fazer a vontade de Deus, então teremos que nos preocupar com a evangelização das crianças. (Mateus 18:5-14)

Ao recebermos uma criança, estamos recebendo o próprio Senhor Jesus. Como você o receberia? Da mesma forma, você deve receber as crianças.

Infelizmente poucas são as igrejas que se lembram das crianças como é necessário. Elas se encontram desprezadas, colocadas ao lado. Disse um grande estadista americano: “A nação que se esquece dos pequeninos, hipoteca o seu futuro”. Podemos aplicar estas palavras a igreja.

A igreja que esquece as suas crianças (e todas as crianças do bairro onde está localizada são potencialmente suas), que não faz nada para ganhá-las, que as contempla com indiferença em suas pobrezas, abandono e ignorância no nome do Senhor, hipoteca incessantemente o seu futuro.

Quando a igreja quiser jovens não os terá, porque se esqueceu deles quando ainda eram crianças. Quando quiser homens maduros, firmes, fundamentais para a obra, também não os terá porque não os ganharam quando crianças.

As crianças gostam de ir à igreja evangélica quando lhes proporcionam um ambiente agradável, quando são tratadas com interesse e verdadeiro amor. As crianças não se deixam enganar com um profissional por isso, é necessário que demonstremos amor pelo que elas são, a fim de que se sintam atraídas à casa de Deus.

Não devemos nos conformar, enquanto não vermos os bancos da igreja repletos de cabecinhas inquietas e de olhares indagadores, embora façam barulho nos cultos. Jesus disse: “Deixai vir a mim os pequeninos, não as impeçais”.

Passemos, pois aos pontos mais importantes desta lição, que deve ser olhada com máximo de carinho pelos que estudam.

Lembrando sempre que: “nossa responsabilidade é instruir devidamente a criança, e o Espírito Santo é quem opera a regeneração”.

I. EVANGELISMO INFANTIL

1. A finalidade do Evangelismo Infantil

São três as finalidades do Evangelismo Infantil.

a) Salvação – é a sua principal finalidade. Nenhum evangelista de crianças, deve estar satisfeito, enquanto não conseguir a conversão da criança a qual ele evangeliza. Deve orar e trabalhar com esse propósito.

b) Crescimento Espiritual – as crianças devem ser edificadas na fé do Senhor. Não adianta ganhá-las e abandona-las; temos que fortalecê-las para resistirem as tentações e serem fiéis até o fim.

c) Serviço – prepará-las para servir. É necessário que todo o cristão seja ensinado a recolher seu dever e fazer alguma coisa na obra do Senhor porque somente assim a igreja poderá cumprir sua missão de evangelizar o mundo (Mateus 18:14).

2. Evangelismo Infantil e suas bases na Bíblia

O evangelismo infantil tem suas bases na palavra de Deus. No Novo Testamento nós vimos que as crianças eram conhecedoras das coisas mais necessárias.

a) Páscoas – Dt. 12:28
b) Os mandamentos – II Rs. 23:02 / II Cr. 20:13 / Dt. 6:7
c) As crianças se faziam presente em reuniões de arrependimento – Es. 10:01.

Devemos fazer tudo para que a nossa geração receba o conhecimento do Senhor Jesus a fim de não caminharem nas trevas como milhões e milhões.

3. O valor da alma

Nas escrituras é dado um grande valor da alma de uma criança, Mt. 18:5 diz: “Qualquer que receber um meu nome o menino tal como este, a mim recebe”. E Mc. 8:37; 9:37 acrescenta: “Receba não a mim, mas o que me enviou’”.

Salva uma criança para Cristo é salvar uma alma e uma vida, enquanto ganhar um adulto é salvar uma, somente uma alma.

4. O plano de Deus neste trabalho

É o texto base da evangelização de crianças. Jesus solucionou a questão da idade em que a criança deve ser evangelizada. Ele usou uma criança como exemplo. E em Mc. 9:36, esclarece que a criança era bem pequena, pois Jesus tomou-a em seus braços (não teria mais de 6 anos). Mt. 18:6 resolve o problema de quando as crianças podem crer. O ensino considerado a idade em que as crianças podem ser evangelizadas, requer a evangelização pelos pais no lar. A criança deve ser evangelizada no lar entre 3 a 4 anos de idade.

II. A ARTE DE ENSINAR JOVENS E ADOLESCENTES

Ensinar é proporcionar mudança de comportamento através de um despertamento da mente do aluno, guiando-o no processo de aprendizagem.

O ensino bíblico é sem dúvida, um meio eficaz de promover educação e instrução, visando prioritariamente, o coração e o intelecto do aluno. Entretanto, de acordo com o escritor da carta aos hebreus, o ensino da palavra atinge o coração e a mente: “Porei nos seus corações as minhas leis, e sobre as suas mentes as inscreverei”. Hb.10.16

III.O PROFESSOR EFICAZ

Ser um professor da Escola Bíblica Dominical é um privilégio, visto ser ele integrante do corpo docente da melhor escola do mundo. Seu trabalho é de fundamental importância, uma vez que a convivência com os alunos o torna mais chegado a eles do que qualquer outro obreiro na igreja, até mesmo o pastor, deixando-os a vontade para compartilhar seus problemas, dúvidas e necessidades. Por isso, o professor deve ser alguém preparado espiritual e intelectualmente, que tenha responsabilidade e saiba honrar sua missão.

1. O perfil do professor

O desenvolvimento de um grupo dependerá do seu líder. Um grupo sem liderança não se desenvolve, faz tudo e não faz nada; há desencontros, desentendimentos, aborrecimentos, etc...

O grupo precisa de um líder bem qualificado, principalmente se ele é formado por adolescentes. É certo que a experiência se adquire através da vivência, de prática com o grupo, porém as qualificações morais e espirituais do líder, que representam o aspecto mais importante, independem dessa prática.

2. Um bom professor

· Tem liderança
· É espiritual
· Cuida da sua aparência pessoal
· Não improvisa
· Pensa nos mínimos detalhes
· Não desanima diante de opinião de pessoas que fazem oposição ao trabalho

3. O Professor Capacitado para o exercício da sua função

É de fundamental importância que o professor tenha convicção que é vocacionado para ensinar e, sobretudo, chamado por Deus para esse honroso trabalho, bem como tenha consciência de que ensina por amor e gratidão a Deus e também em obediência. Além do mais, é importante ter consciência de que ensina adolescente. Seu aluno não é mais uma criança, também não é um adulto, mas um ser que sofre as conseqüências de um processo de transformação em relação ao corpo, a idéias, emoções e comportamentos.

O professor de adolescentes só estará apto para o exercício da sua função se procurar conhecer o adolescente em profundidade. Por isso, é imprescindível que o mesmo desenvolva as seguintes habilidades:

· Ler e pesquisar sobre o assunto
· Participar de cursos e treinamentos
· Procurar ouvir o adolescente
· Ser sensível as necessidades do adolescente, seu processo de mudança, sua vivência na fé e sua experiência com Deus

4. Relacionamento: Professor x Aluno

É fundamental atentarmos para a importância do aluno na Escola Bíblica Dominical, principalmente quando se trata do adolescente. Não devemos esquecer que o aluno é elemento chave de uma escola. É a matéria-prima, a escola só existe por causa do aluno.

Ensinar adolescentes tem sido um dos grandes desafios para muitos professores, tornando-o muitas vezes menos apreciável. Alguns chegam a chamá-los de “aborrecentes”.

Porém, se o professor procurar chegar-se ao adolescente compreendendo o seu processo mutativo, amando-o e se dedicando a ele, sem dúvida, descobrirá que possui os melhores alunos do mundo.

Se o professor deseja ter um bom relacionamento com os seus alunos deve:

a) Saber ouvir os membros do grupo
b) Facilitar a integração do grupo
c) Não ser intransigente ou repressor
d) Estabelecer limites para o grupo
e) Não marginalizar ou rejeitar alguém do grupo
f) Agir de acordo com suas palavras
g) Não usar o grupo para os seus interesses pessoais
h) Evitar descarregar os seus problemas no grupo
i) Ser sincero com o grupo

IV. COMO LEVAR AS CRIANÇAS A CRISTO

Podemos ganhar crianças para Cristo em qualquer situação, lugar ou hora, mas devemos seguir alguns passos para que elas entendam o que estamos fazendo.

* Mostrar-lhes suas necessidades de salvação – Rm. 3:23; Is. 53:6; Sm. 53:6
* Apontar-lhes o caminho da salvação, Cristo o Filho de Deus, o crucificado em nosso lugar, ressurreto entre os mortos – I Cr. 15:3,4
* Leva-las a receber o presente da salvação – Jo. 1:12; Ef. 2:8,9
* Mostrar-lhe a segurança da salvação – Jo. 3:36
* Métodos a serem usados para levar a criança a cristo

É muito importante apresentarmos o evangelho as crianças de maneira simples e clara, “O Livro Sem Palavras” pode nos ajudar muito neste sentido. Ele tem sido um dos métodos mais simples e eficientes para levar crianças a Cristo. A mensagem da salvação é anunciada através de cinco cores diferentes, as quais, resumidamente, esboçaram aqui:

1ª página – Dourada – Comece por esta página para falar sobre o céu – lugar que Deus, em seu grande amor para nós preparou.
2ª página – Preta – Mostre que o nosso pecado nos impede de ir até lá.
3ª página – vermelha – Fale sobre o sangue de Cristo derramado.
4ª página – Branca – Use esta página para levar a criança a uma decisão de aceitação ao lado de Cristo.
5ª página – Verde – Esta página fala da nova vida e nossa certeza de salvação.

Outro método é a dramatização com os próprios alunos, os fantoches e os bonequinhos desenhados no quadro enquanto se conta a história para isso é preciso muita destreza para que não se demore muito a desenhar, dando ênfase à história, e não fique em frente dos desenhos cobrindo a visão das crianças. As crianças menores gostam muito destes três métodos. Porém existe uma coisa que se não pode esquecer-se durante o desenvolvimento da história:

* O amor de Deus
* Cristo seu filho
* Nosso pecado
* A morte de Cristo em nosso lugar
* O presente da salvação

Obs: Estas verdades acima citadas são para crianças não salvas. Agora vamos citar as que devem ser incluídas em lições para as crianças já salvas:

* Crescimento espiritual
* Santificação
* Testemunho
* Vida eterna, etc.

V. RECURSOS DIDÁTICOS

1. A expressão “Recursos Didáticos” pode ser interpretada como ajuda ou auxílio que torna o ensino mais eficiente.

Antes de abordarmos o assunto Recursos Didáticos com mais detalhes, queremos que você conserve em mente as qualidades indispensáveis ao bom professor, sem as quais os melhores recursos didáticos serão de pouco ou nenhum efeito. Sendo eles:

· Ter Jesus Cristo como Salvador e Senhor de sua vida.
· Ter amor e interesse pelas crianças.
· Ter boa comunicação.
· Ser organizado.
· Praticar o que ensina.
· Ter o domínio da matéria, saber o que vai ensinar.

2. Recursos à disposição

O Professor – Você mesmo!

a) A voz – a voz do professor deve ser agradável, bem audível, a mais perfeita dicção possível. Linguagem simples correta e compreensível. A voz humana é um dos mais ricos e versáteis dos instrumentos, sendo capaz das mais perfeitas imitação de outras vozes humanas, de animais e aves, bem como dos mais variados sons.
b) Gestos – gestos auxiliam e enriquecem uma narrativa. Devem ser simples, harmoniosos, variados e oportunos.
c) Os conhecimentos – é indispensável conhecer a criança a quem se ensina, a matéria a ser ensinada, os objetivos propostos, e a matéria como se vai ensinar. Com tais conhecimentos é possível ensinar e obter resultados positivos.

3. Como Jesus usava seu material de ensino


Fontes

a) As Escrituras Sagradas:
· Deuteronômio 8.3-9; Mateus 4.4.
b) O Mundo Natural:
· Mateus 13.24 a 30.
c) A fazeres Comum:
· Mateus 13.3 a 23.
· João 2.6.
· Lucas 15.8.

4. Recursos que Jesus usou para falar sobre ele

· João 14:6
· João 10:11
· João 8:12
· João 6:35
· João 15:1
· João 10:19

“Ele encontrou, nos fatos comuns da vida, inspiração para os temas mais profundos e inspiradores que já empolgaram o coração humano”.

5. Recursos audiovisuais
É reconhecido há muito tempo, o valor dos recursos audiovisuais para o ensino, em qualquer tipo e nível. Seu uso oferece inúmeras vantagens para os professores dentre eles, destacamos:

· Enriquece a experiência sensorial, base da aprendizagem.
· Materializa conceitos, economizando tempo e palavras.
· Dá informações.
· Estimula a imaginação.
· Facilita a compreensão e afixação da aprendizagem.
· Desperta a atenção e mantém o interesse.
· Traz o remoto no tempo.
· Estimula a discussão.
· Incentiva a ação.
· Serve do roteiro para o professor.

Apesar de todas essas vantagens, eles não são substitutos, nem alternativos para o ensino. Seu uso é apenas um auxílio, para tornar o ensino mais compreensivo, interessante e duradouro.

Variam, desde a exibição de uma gravura acompanhada de explicação pelo professor, até o mais moderno equipamento eletrônico.

6. A escolha

Fazer uma boa escolha, optando pelos recursos que realmente contribuirão para um ensino mais eficiente as crianças e demais pessoas envolvidas no plano de ensino exige muito critério, estudo e oração.

a) A escolha de um recurso didático depende:

· Do aluno
· Do tipo de assunto
· Dos propósitos ou objetivos a serem atingidos
· Do tamanho do grupo
· Da habilidade do professor
· Da atitude do professor
· Da habilidade da faixa etária
· Do tempo disponível
· Do meio ambiente
· Do custo em tempo, energia e dinheiro

7. Avaliação

É sempre de grande valor avaliar a reação do grupo com relação ao audiovisual usado, bem como o próprio audiovisual. Com relação a este aplique o seguinte teste:

· Ilustrou convenientemente o assunto?
· Despertou e manteve o interesse do grupo?
· Houve participação do grupo?
· Atingir o objetivo para qual foi usado?
· Contribuiu para a compreensão e fixação da aprendizagem?

8. Vantagens de recursos audiovisuais

O visual pode fazer num instante o que a palavra não pode. Ele ilustra e esclarece detalhes num momento. É por isso que os visuais devidamente preparados e apropriados são instrumentos importantes na educação cristã. Eles tornam o aprendizado mais fácil e mais completo porque ajudam o aluno a entender melhor as verdades especiais ensinadas.

Está provado que quanto maior for o número de sentidos envolvidos na aprendizagem, maiores são os resultados.

a) Aprendemos:
· 1% através do paladar
· 15% através do tato
· 35% através do olfato
· 11% através da audição
· 83% através da visão

b) Retemos:
· 10% do que lemos
· 20% do que escutamos
· 30% do que vemos
· 50% do que vemos e escutamos
· 70% do que ouvimos e logo discutimos
· 90% do que ouvimos e logo realizamos

Métodos de Ensino
Dados retidos depois
de 03 horas
Dados retidos depois
de 03 dias

Oral
70%
10%
Visual

70%

20%
Oral E Visual

85%

65%


9. Recursos audiovisuais para você fazer e utilizar

É impossível apresentar a grande variedade de recursos audiovisuais que podem ser úteis para as experiências de ensino – aprendizagem, contudo achamos indispensável incluir algumas informações de como fazer certos recursos audiovisuais, e ainda outros que deverão ser adquiridos:

· Quadro negro ou branco
· Flanelógrafo
· Mapas
· Fantoches
· Álbum seriado e quadros de pregas
· Suporte para figuras
· Objetos
· Cartaz
· Desenhos
· Monitor e figuras
· Retroprojetor
· Mural
· Arquivo de figuras etc...

10. Sugestões de recursos

a) Suporte para figuras
Um bom suporte para figuras poderá ser feito com facilidade. Trace em um pedaço de papelão, duas figuras iguais ao modelo. O tamanho varia de acordo com as necessidades:
Recorte as duas partes desenhadas.
Una as duas partes, deixando um pequeno espaço entre ambas, usando para isso duas tiras de papel grosso ou tecido ou cola. Cole uma tira de cada lado do suporte. Corte as sobras das tiras. 

O suporte estará para ser utilizado. Para ser mais durável, substitua o papelão por madeira fina e as tiras e cola, por dobradiças. Assim poderá fechá-lo para guardar.

b) Monitor de figuras
Em uma caixa de papelão, faça uma abertura como um monitor de televisão.
Para fazer o suporte, da figuras: usar canos de PVC ou cabo de vassoura. Com o papel Kraft ou qualquer outro que tiver disponível, faça o rolo, onde serão colocadas as figuras da história a ser apresentada.
OBS: fazer 2 (dois) furos em cada lateral do monitor para manuseio das figuras.

c) Caixa de espiar
Para confeccioná-la utilize uma caixa de papelão (sapato) encapada, com tampa. Faça um recorte em cima da tampa, o suficiente para dar claridade dentro da caixa, e cubra com papel celofane colorido. No lado oposto, faça um furo na caixa para “espiar”.

d) Arquivo de figuras
Para fazer um arquivo de figuras bem prático, vamos precisar de envelopes grandes tamanho ofício ou maior.
Abrir uma das laterais dos envelopes com estiletes, junte-os colando um a um só no meio. Depois junte todas as laterais não cortadas com uma fita larga. Para capa use papel carmim ou cartaz e decore.

VI. PREPARO DA LIÇÃO

Primeiro passo: oração, leitura e Meditação. Professor ore por você mesmo, por sua classe e por seus alunos. Peça uma sabedoria especial a Deus para comunicar sua palavra. A seguir leia o texto bíblico cuidadosamente, para que ensine fielmente o que a Bíblia diz. Enquanto lê, faça pergunta do texto como:

a) Quem está envolvido nesta história?
b) Como era aquela pessoa?
c) O que esta lição ensina sobre Deus? – Esta lição é muito importante, pois quanto mais as crianças aprenderem sobre Deus, desejam mais viver para ele.
d) Medite: o que Deus quer me ensinar nesta lição? – Deixe Deus falar com você primeiro.
e) Ao ministrar esta lição que versos posso ler para as crianças diretamente da Bíblia?
f) Como esta lição vai dar continuidade ao que já ensinei anteriormente.

Se você tem seus compromissos com a evangelização no final de semana comece a preparar no inicio, estudando sua lição na segunda feira e todos os dias, prepare um pouco até chegar o momento do trabalho.

Nunca deixe de conhecer através de um dicionário, as palavras difíceis e transforma-las fáceis (usar sinônimos), a fim de que as crianças entendam o vocabulário e a lição.

Permita que o Senhor fale ao seu próprio coração através da lição. Se ela se apresentar precisa para você, por certo falará ao coração do seu aluno.

1. Escolha seu alvo principal

Ao preparar a lição, o professor evangelista deve resolver qual será o seu alvo, pedindo a direção do Espírito Santo (seja bem sensível a Ele) que conhece as necessidades espirituais das crianças. Mesmo que o alvo principal seja para crianças salva, deve-se incluir ensinos para crianças não salvas e vice-versa.

Obs: Ao selecionar o ensino tenha em mente: é melhor ensinar claramente uma só verdade, do que tentar vinte pontos que a criança não lembrará.

Tenha ainda o cuidado de ensinar a Palavra de Deus e não um texto preparado. Refira-se a Bíblia dizendo: “A Bíblia diz...”. Use também um a linguagem sadia, tome cuidado com gírias ou com vícios de linguagem como “então, crianças, vocês sabem, né, aí, etc.”.

2. Submeta tudo a Deus

À medida que for preparando, vá orando. Peça que Deus abra os olhos para converter alguém para Deus. At. 26:18 “Que as crianças estejam prontas para ouvir”, Tg. 1:19. “Que transbordem no conhecimento” Cl. 1:19.

3. Prepare os visuais de antemão

Para maior compreensão da lição, adquira visual. Na medida do possível, varie semanalmente seus visuais.

4. Treine a voz

Momento de emoção, momento de tristeza, momento de alegria, etc.

5. Treine a lição

Aproprie-se de tudo que já tem: esboço, ensino, visuais, etc... E vá para um lugar a parte treine sua lição do inicio ao fim em voz alta.

O primeiro benefício disso diz respeito ao tempo. Uma boa lição pode ser dada em 15 ou 20 minutos.

6. Como narrar uma história

Há quatro componentes de toda boa história:

a) Introdução: apresenta-se o caráter principal, a cena é uma idéia do que se segue. Existe uma coisa que é sempre bom lembrar, é hora de captar a atenção.
b) Enredo: é o desenrolar. Deve ser claro e lógico para adultos e psicológico para as crianças.
c) Clímax: é o ponto culminante que determina o resultado na luta. È a parte que se define o tema da história.
d) Conclusão: deve ser curta, simples e satisfatória, deve conter em si a moral da história, que o bem é recompensado e o mal é castigado.

7. Relatando a história

a) Falar claramente, com confiança, imaginação, sentimento e entusiasmo, esquecendo-se de si mesmo.
b) Desenvolver continuamente a ação da história, porém não com tanta rapidez.
c) Fazer uma pausa de vez em quando, para maior efeito, porém, tudo de maneira natural.
d) Dramatize-as com tom de voz, olhares, expressão facial, usando gestos para ilustrar objetos, movimentos, grandezas, e etc.
e) Olhar diretamente seus alunos, não se distrair olhando para fora.
f) Adaptar seu vocabulário aos seus alunos.
g) Não dizer: “esqueci-me de dizer...”
h) Não afastar-se da verdade.
i) Ser dirigido por Deus na aplicação, recorde que muitas vezes, quanto mais breve é a aplicação, mais força tem. Se sente que é hora para um momento de consagração, ou arrependimento, não deixe para depois.

8. Um esboço para seguir

Depois de estudar e ter em mente os fatos e lições espirituais, faça um esboço. O esboço ajuda o professor a seguir uma ordem lógica e dá segurança ao ministrar sua lição.

Se, eventualmente o professor se perder, poderá receber direção no esboço e seguir adiante.

O esboço pode ser dividido em quatro partes.

* Começo – Deve ser envolvente

* Andamento - Use frases curtas em ordem lógicas dos acontecimentos.
* Clímax – É o ponto mais interessante da história.
* Conclusão – É o desfecho da história que deve ser breve.

Na conclusão também podemos fazer o convite para aquelas crianças que não são salvas e que desejam aceitar a Cristo como Salvador.

VII. Os cânticos e o seu valor no trabalho

A Bíblia está cheia de convites ao louvor e adoração a Deus, (Ef. 1:3-14, Sl.92:1; Sl.33:2-3). Pela palavra, sabe-se que o louvor deve alcançar todo lugar e todas as faixas etárias.

Toda criança gosta de cantar e Jesus disse: “Da boca dos pequeninos e crianças tirastes o perfeito louvor”, Mt.21:16.

Através dos cânticos, as crianças aprendem a adorar a Deus, a louva-lo; e as verdades bíblicas são ensinadas. Cria-se um ambiente e alegre e de participação. As crianças irão por toda parte levando a mensagem Bíblica.

1. Como escolher os cânticos

* Com antecedência
* Que tenham uma mensagem espiritual
* A mensagem deve reforçar o ensino da lição Bíblica do dia
* A letra deve ser clara e fácil
* A música também deve ser apropriada às crianças
* Escolha cântico para as diversas partes da aula: Período de oração, missão, oferta e outros.

2. Como Ensinar os cânticos

* Escreva o cântico no quadro negro
* Escreva-os em cartazes
* Figura no flanelógrafo
* Numa folha de cartolina
* Com gestos elas gostam muito
* Sempre quando possível, deve haver um instrumento para acompanhar.

Ore pelos cânticos para que Deus os use na vida das crianças. Ensine as crianças a expressarem sua adoração a Deus através do cântico.


Não permita que cantem errado. Seja bem alegre ao cantar com as crianças e não saia do ritmo.

VIII. PERÍODO DE ORAÇÃO

Em nossas classes com crianças, devemos procurar ser bem sucedidos no que diz respeito ao período de oração. Através deste período, as crianças são motivadas:

* A reconhecer a presença de Deus na classe.
* Buscar sua benção para o trabalho
* Orar em voz alta e sem inibições

1. Ajudando a criança salva a orar em publico

a) Escolha entre as crianças salvas, aquelas mais desinibidas e que falam melhor, para iniciarem o período, a fim de que outros venham a segui-las.
b) Peça-lhes que orem por coisas definidas
c) Em cada aula, explique um aspecto da oração
d) Quando o período de oração tiver como aspecto principal do dia a petição, explique sobre as possíveis respostas de oração: Sim. Não espere!

2. Memorização Bíblica

a) Sua importância
b) Como ensinar os versículos
c) Métodos para que a memorização se torne mais fácil e interessante

3. O convite

Após termos apresentado o Senhor Jesus às crianças, devemos convidá-las a se apropriarem d’Ele como seu Salvador.

Quanto ao convite, devemos considerar os seguintes pontos:

a) Deve ser claro – a criança deve entender exatamente o que se quer que ela faça e por que.
b) Deve ser curto – não prolongue o tempo do convite. É muito importante falar a Deus, sobre aquele coraçãozinho, do que ficar insistindo com a criança. O Espírito Santo é fiel, e sabe o que fazer, como e quando fazer! – sejamos dependentes d’Ele.
c) Pode ser pessoal – não force a decisão. Enfatize a decisão da vontade: “Se você quiser”.
d) Pode ser feito de várias maneiras:

· Peça que todas as crianças fiquem em atitudes de oração. As crianças que atenderem ao convite poderão orar silenciosamente. Após isto, você poderá pedir que aquelas crianças que oraram, levantem uma das mãos e imediatamente poderá ocorrer um aconselhamento em conjunto.

· Peça às crianças que desejam receber a Cristo que venham à frente e leve-as a uma sala preparada onde serão aconselhadas em grupos ou individualmente.

· Peça para que fiquem depois da aula para conversar com o professor que lhe mostrará pela Bíblia como ser salvo.

IX. O PROFESSOR EVANGELISTA DE CRIANÇAS

Para ser um bom professor precisamos ter as seguintes qualidades:

1. Qualidades espirituais:

· Antes de tudo, o professor deve ser nascido de novo e ter a certeza da salvação. Ele tem que ser um verdadeiro convertido.
· Ele deve dar um bom testemunho cristão.
· Ele deve cuidar de sua vida devocional, especialmente a leitura da Bíblia e oração, ter seu tempo particular com Deus.
· Ele depende em tudo do Espírito Santo.
· Ele procura crescer na vida de santificação.
· Ele deve ser perseverante.

2. Qualidades morais:

· O bom professor deve ter genuína humildade, estando pronto a ouvir e respeitar as sugestões e idéias dos outros.
· Ele deve ser fiel aos princípios da igreja.
· Deve ser responsável, pontual, nunca se atrasando sem motivo realmente justo.

3. Qualidades Intelectuais

· Ele se dedica ao estudo e a leitura, preparando bem sua aula
· Possui cultura Bíblica e doutrinária em geral

4. Qualidades Sociais

· Ama e compreende as crianças
· Procura ser otimista e simpático
· Tem entusiasmo pelo trabalho, esperando resultado na vida dos seus alunos.
· É paciente e perseverante.

5. Qualidades Pessoais


· Sua aparência
· Sua confiança no Senhor
· Expressão facial


Autor Desconhecido
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Um comentário:

  1. Ambientes barulhentos agridem o bebê

    Na 22ª. segunda semana de gravidez, a cóclea, órgão que abriga todos os componentes da audição dentro da orelha interna, já está completamente formada. Isso quer dizer que o bebê ouve a mesma coisa que você.

    Estudos já demonstraram que o líquido amniótico pode amplificar alguns tipos de som, como os muito graves. A voz da mãe também é amplificada em cerca de 5 decibéis.

    Um estudo chegou a mostrar que mulheres que trabalhavam oito horas por dia num ambiente de muito barulho (em volumes que exigiam proteção auricular) corriam mais risco de ter bebês com problemas auditivos.

    Além disso, é preciso considerar que um barulho muito forte faz com que o organismo da mãe produza hormônios ligados ao estresse, fazendo o coração acelerar, o que não é bom para a saúde cardíaca do bebê.

    Os bebês, desde o útero materno, ouvem e reconhecem vozes. Sabe-se também que são capazes de sentir emoções da mãe, de se assustar e que após o nascimento terão memórias da vida intra uterina.

    O psiquiatra canadense Thomas Verny explica no livro “Bebês do Amanhã: Arte e Ciência de Ser Pais”, que desde os primeiros meses de gestação, a criança é capaz de identificar certos acontecimentos.

    “Com 4 meses e meio, se você acender uma luz forte na barriga de uma gestante, o bebê vai reagir. Se fizer um barulho alto, ele tenta colocar as mãos nas orelhas. Se colocar açúcar no liquido amniótico, ele vai dobrar a ingestão. Bebês gostam de açúcar! Quando se coloca algo amargo, o bebê para de tomar o líquido e faz cara feia. Eles sentem a diferença entre doce e amargo, reagem à luz, ao toque e ao barulho.”

    Vídeo-game e todos os brinquedos sonoros devem ser avaliados pelo som que emitem. “O sistema auditivo é um órgão sensorial extremamente delicado e passível de lesões se for muito carregado, principalmente em bebês, que têm uma sensibilidade auditiva muito apurada. A célula ciliada do ouvido interno do bebê sofre com o ruído excessivo e esse abuso pode acabar levando à sua destruição”, alerta o otorrinolaringologista Jamal Azzam.

    A indicação é sempre manter os pequenos longe de ambientes muito barulhentos, seja um local fechado ou na rua, onde o som do trânsito também causa incômodo. Se for inevitável fugir desses locais, o ideal é proteger os ouvidos da maneira certa. “Muitos pais usam algodão para tapar o canal auditivo, mas isso não garante a vedação necessária do som. Uma opção é usar fones de ouvido de boa qualidade que preservem a audição”, finaliza Azzam.

    “Há uma região no cérebro chamada “tálamo”. Esta é a parte do cérebro na qual a música é percebida. No tálamo as emoções, sensações e sentimentos são percebidos antes destes estímulos serem submetidos às partes do cérebro responsáveis pela razão. A música, portanto, não depende do sistema nervoso central para ser assimilada imediatamente pelo cérebro. Ela passa pelo aparelho auditivo, pelo tálamo e depois vai ao lobo central.

    A “batida” que substitui o ritmo provoca um estado de emoção que a mente não discerne. Desorganiza a química. As batidas graves da percussão afetam o líquido cerebrospinal.
    O volume (amplificado) das músicas acima de 50 decibéis prejudica a audição e a saúde cerebral”.


    Ivone Boechat

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