José é vendido
pelos irmãos
Gênesis 37 (Parte II)
12 Um dia os irmãos de José levaram as ovelhas e as cabras do
seu pai até os pastos que ficavam perto da cidade de Siquém.
13 Então
Jacó disse a José: —Venha cá. Vou mandar você até Siquém, onde os seus irmãos
estão cuidando das ovelhas e das cabras. —Estou pronto para ir—respondeu José. 14 Jacó disse: —Vá lá e veja se os seus irmãos e os animais vão
bem e me traga notícias. Então dali, do vale de Hebrom, Jacó mandou que José
fosse até Siquém, e ele foi. Quando chegou lá, 15 ele foi andando pelo campo. Aí um homem o viu e perguntou:
—O que você está procurando? 16 —Estou
procurando os meus irmãos — respondeu José. —Eles estão por aí, em algum pasto,
cuidando das ovelhas e das cabras. O senhor sabe aonde foram? 17 O homem respondeu: —Eles já foram embora daqui. Eu ouvi
quando disseram que iam para Dotã. Aí José foi procurar os seus irmãos e os
achou em Dotã.
18 Eles
viram José de longe e, antes que chegasse perto, começaram a fazer planos para
matá-lo. 19 Eles
disseram: —Lá vem o sonhador! 20 Venham,
vamos matá-lo agora. Depois jogaremos o corpo num poço seco e diremos que um
animal selvagem o devorou. Assim, veremos no que vão dar os sonhos dele. 21 Quando Rúben ouviu isso, quis salvá-lo dos seus irmãos e
disse: —Não vamos matá-lo. 22 Não derramem sangue. Vocês podem jogá-lo neste poço, aqui no
deserto, mas não o machuquem. Rúben disse isso porque planejava salvá-lo dos
irmãos e mandá-lo de volta ao pai.
23 Quando
José chegou ao lugar onde os seus irmãos estavam, eles arrancaram dele a túnica
longa, de mangas compridas, que ele estava vestindo. 24 Depois o pegaram e o jogaram no poço, que estava vazio e
seco. 25 E sentaram-se
para comer. De repente, viram que ia passando uma caravana de ismaelitas que
vinha de Gileade e ia para o Egito. Os seus camelos estavam carregados de
perfumes e de especiarias.
26 Aí
Judá disse aos irmãos: —O que vamos ganhar se matarmos o nosso irmão e depois
escondermos a sua morte? 27 Em
vez de o matarmos, vamos vendê-lo a esses ismaelitas. Afinal de contas ele é
nosso irmão, é do nosso sangue. Os irmãos concordaram. 28 Quando alguns negociantes midianitas passaram por ali, os
irmãos de José o tiraram do poço e o venderam aos ismaelitas por vinte barras
de prata. E os ismaelitas levaram José para o Egito. 29 Quando
Rúben voltou ao poço e viu que José não estava lá dentro, rasgou as suas roupas
em sinal de tristeza. 30 Ele
voltou para o lugar onde os seus irmãos estavam e disse: —O rapaz não está mais
lá! E agora o que é que eu vou fazer?
31 Então
os irmãos mataram um cabrito e com o sangue mancharam a túnica de José. 32 Depois levaram a túnica ao pai e disseram: —Achamos isso aí.
Será que é a túnica do seu filho?
33 Jacó
a reconheceu e disse: —Sim, é a túnica do meu filho! Certamente algum animal
selvagem o despedaçou e devorou. 34 Então, em sinal de tristeza, Jacó rasgou as suas roupas e
vestiu roupa de luto. E durante muito tempo ficou de luto pelo seu filho. 35 Todos os seus filhos e filhas tentaram consolá-lo, mas ele
não quis ser consolado e disse: —Vou ficar de luto por meu filho até que vá me
encontrar com ele no mundo dos mortos. E continuou de luto por seu filho José. 36 Enquanto
isso, os midianitas venderam José a Potifar, oficial e capitão da guarda do rei
do Egito.
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