E criou Deus o homem, macho e fêmea, os abençoou e ordenou multiplicai e frutificai e dominai a Terra(Gênesis 1.27-28). A imagem de Deus significa ser dotado da capacidade de raciocinar, de expressar emoções e de agir voluntariamente. Só o ser humano possui autoconsciência, isto é, ele sabe que vive e que deve morrer. Os atributos de inteligência e domínio expressam a capacidade do homem em semelhança ao seu criador.
A criação de um homem demonstra a igualdade de origem, aniquilando a ostentação de superioridade de raças e mostrando a necessidade de sujeição à única autoridade divina, Deus, e paz entre toda a humanidade.
No capítulo 2 de Gênesis verificamos que Deus é o criador de tudo: reino animal, vegetal e mineral; corpos celestes e estrelas; seres espirituais e a alma do homem. E após o ato de criação, Deus colocou o casal no jardim do Éden. Ali havia toda a provisão necessária para a subsistência do casal.
Deus ordenou ao homem cultivar o jardim, porque aquele que evita o trabalho, sem criar nem produzir, deixa de representar a imagem do criador. A formação da mulher para Adão institui o casamento e a formação familiar como um ato sagrado e divino, sendo instituído sem nenhuma formalidade. Hoje com a especulação do casamento verificamos a infelicidade de muitos casais, resultado do desconhecimento do verdadeiro propósito de união de almas. A escolha deveria ser a partir da piedade e virtude de cada um.
Este capítulo revela ainda o propósito de Deus para com a humanidade: 1)afinidade do homem com Deus; 2)culto que o homem tributa a Deus; 3)comunhão do homem com Deus; 4)cooperação do homem com Deus; 5)lealdade do homem para com Deus; 6)vida social do homem como algo proveniente de Deus.
No capítulo 3 de Gênesis vemos a queda. Deus deu ordem para não comerem da árvore do conhecimento. Será que Deus queria o ser humano ignorante? Com certeza não, a transgressão consistia em terem desrespeitado uma ordem expressa e comido de uma fruta madura e atrativa que eles não plantaram para o qual não contribuíram em nada, nem esforço e menos ainda em cuidado. Cada ser humano deve aspirar à sabedoria, mas ela tem que ser obtida por esforço próprio, pois somente o pensamento independente, o reconhecimento pessoal e o aprofundamento individual no estudo, têm valor e prevalece. A escolha e determinação do casal em comerem determinam o livre arbítrio de escolha e decisão e que se verifica em outras passagens na Bíblia.
A serpente lança dúvidas quanto à ordenança divina. São 4 os estágios da tentação: 1)curiosidade e desconfiança; 2)insinuação de dúvida acerca de Deus: da bondade, da retidão e da santidade; 3)incredulidade; e 4)desobediência. Agora o homem tornou-se único entre os seres terrestres assim como Deus entre os seres celestiais, dotado de conhecimento do bem e do mal, logo não poderia arriscar-se em mantendo-os no jardim e permitir que comessem da árvore da vida e vivessem eternamente em deleites e transgressões.
A misericórdia de Deus foi que não permitiu ao homem apropriar-se da Árvore da Vida de modo a perpetuar e agravar ainda mais a condição pecaminosa. A separação é o resultado inevitável do pecado. A consciência despertada com relação ao pecado e, em conseqüência, a vergonha, leva ao temor e a tentativa de esconder-se, mostrando claramente a natureza decaída da humanidade, desde então, até o presente.
Sintomático do estado impenitente reinante nos corações de Adão e Eva é a maneira como procuram lançar a culpa um sobre o outro. A tentativa feita pelo homem de cobrir-se de folhas era tão inadequada quanto tentar-se desculpar-se pela transgressão. A provisão de Deus, em fazer-lhes roupas de pele de animal, é o primeiro vestígio da exigência divina de uma vítima sacrifical para cobertura do pecado e capaz de promover a reconciliação.
Os querubins é uma categoria de anjos que tem por incumbência zelar pela santidade de Deus Daí dá-se inicio o plano de redenção do ser humano.
Comentários extraídos da Bíblia Vida Nova e do Torá.
Links: Adão e Eva 1; Adão e Eva 2.