sexta-feira, 3 de maio de 2013

Fome na África

Fome matou 258 mil pessoas
na Somália (ONU)


A fome matou cerca de 260.000 somalis de outubro de 2010 a abril de 2012, a metade deles criança, durante uma grave crise alimentar, para a qual a resposta humanitária é insuficiente, denuncia um relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação publicado nesta quinta-feira.
"A fome e a grave insegurança alimentar na Somália foram responsáveis pela morte de cerca de 258.000 pessoas entre outubro de 2010 e abril de 2012, entre as quais 133.000 crianças menores de cinco anos", conclui este relatório da FAO e da Rede de Alerta contra a Fome (Fews-Net), financiada pela Agência Americana para o Desenvolvimento (USAID).
De acordo com esta primeira estimativa científica, "4,6% da população total e 10% das crianças menores de cinco anos morreram nas regiões sul e central da Somália".
Em Baixo Shabelle, Mogadíscio e Bay, as mais atingidas, a crise alimentar causou a morte de respectivamente 18%, 17% e 13% das crianças menores de cinco anos.
A fome causou "30.000 mortos por mês entre maio e agosto de 2011", indica o estudo.
A crise alimentar foi declarada em julho de 2011 nas duas regiões da Somália e, em seguida, no resto do país nos meses seguintes. A ONU anunciou estado de alerta de fome em fevereiro de 2012, advertindo que um terço da população somali ainda necessita de ajuda alimentar emergencial.
O número citado pelo estudo somam 290.000 mortos registrados durante o período de estudo, entre os quais os mortos no conflito da Somália.
Esta taxa de mortalidade é duas vezes maior do que a média na África Subsaariana.
O balanço de vítimas da fome é maior do que durante a crise alimentar de 1992 no país, que supostamente matou 220.000 pessoas em doze meses, embora "a crise anterior seja considerada mais grave, porque nela morreram um percentual maior da população".
Os resultados do estudo, dirigido pelo epidemiologista e um demógrafo, "indicam que o que tem acontecido na Somália é uma das piores crises de fome dos 25 anos", considerou Chris Hillbruner, conselheiro do Fews-Net, citado em um comunicado conjunto com a FAO.
Resposta humanitária tardia
A fome na Somália de 2011-2012 afetou cerca de quatro milhões de pessoas, ou metade da população somali.
Provocada principalmente por uma grave seca no Cifre da África, foi agravada pela catastrófica situação de insegurança no país, mergulhado no caos e na guerra civil desde a queda do presidente Siad Barre, em 1991.
"Os efeitos da seca foram agravados por diferentes fatores, incluindo a escassa ajuda humanitária e o aumento dos preços alimentícios", escreveram os autores do estudo. Também mencionam uma "crise alimentar prolongada somada ao conflito armado, catástrofes naturais e condições econômicas desfavoráveis".
Eles consideram "indiscutível que a resposta humanitária à fome foi tardia demais e que o acesso da ajuda às populações afetadas foi insuficiente, consequência da insegurança generalizada e restrições operacionais em várias agências de ajuda humanitária".
A Somália é disputada desde 1991 pelas milícias de clãs de senhores da guerra, grupos islâmicos e gangues criminosas.
Além dos milhões de refugiados somalis em países vizinhos, outro milhão se deslocou em todo o país.
A recente debandada militar dos islamitas Shebab e a eleição em setembro de novas autoridades trouxeram a esperança de estabilização para a Somália e a possibilidade de criação de um governo, inexistente há 22 anos.
Terça-feira, uma conferência internacional em Londres reunirá 50 países e organizações internacionais sobre a forma de ajudar a Somália a progredir.

Notícia dada pelo site YAHOO em 02/05/2013

Somália:fome matou 133 mil
crianças menores de 5 anos


AE - Agência Estado

Uma decisão tomada por extremistas islâmicos de proibir a entrega de ajuda alimentar à população civil e uma "banalização da crise" que anestesiou os doadores internacionais fizeram do centro-sul da Somália o lugar mais perigoso do mundo para ser criança em 2011.
O primeiro estudo profundo das mortes por fome na Somália em 2011, divulgado nesta quinta-feira, estima que 133 mil crianças com menos de cinco anos perderam a vida durante a crise. Em algumas comunidades, a taxa de mortalidade atingiu 20% da população infantil. O cálculo baseia-se em estimativa de que 6,5 milhões de pessoas viviam no centro-sul da Somália na época.
No mesmo período, 65 mil crianças morreram em todos os países industrializados juntos, comparou Chris Hillbruner, conselheiro de segurança alimentar da Fewsnet, uma entidade patrocinada pelo governo dos Estados Unidos.
"A escala de mortalidade infantil (na Somália) está realmente fora dos mapas", disse Hillbrunner em entrevista por telefone.
A Fewsnet realizou o estudo em conjunto com a Unidade de Análise de Nutrição e Segurança Alimentar - Somália.
"O mundo demorou demais em responder aos duros alertas de seca. A situação foi exacerbada pelo conflito na Somália. E essas pessoas pagaram com a vida. Essas mortes podiam e deviam ter sido evitadas", afirmou Senait Gebregziabher, diretor para a Somália da organização humanitária Oxfam.
O novo estudo estima em aproximadamente 260 mil o número total de mortos por causa da fome na Somália. A Associated Press divulgou a informação em primeira mão no início da semana com base em fontes que tiveram acesso ao documento.
Em março de 2011, a fome provocou a morte de mais de 13 mil pessoas na Somália, segundo o estudo. Em maio e junho, 30 mil pessoas morreram em cada mês, e pelo menos a metade delas era de crianças. Apesar disso, somente em julho daquele ano a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou formalmente que havia uma crise em andamento.
Na opinião de Hillbruner, essa demora se deu em parte por causa de uma "banalização" da crise.
"Acho que uma das questões mais importantes é que houve uma banalização da crise na região centro-sul da Somália. E acho que a comunidade internacional acostumou-se a nível de desnutrição e insegurança alimentar no sul da Somália que em outras partes do mundo seriam considerados inaceitáveis", declarou Hillbruner.
Na época, milhares de somalis caminharam por dezenas ou centenas de quilômetros até chegarem a campos de refugiados no Quênia, na Etiópia e em Mogadiscio. Muitas crianças e muitos idosos, porém, não resistiram à jornada e morreram pelo caminho. As rotas utilizadas por essas pessoas ficaram conhecidas como "estradas da morte". As informações são da Associated Press.



Existe um clamor desse pequeninos, e as autoridades não conseguem intervir, e quando o fazem  muitas das vezes o recurso humanitário é tardio. Não se pode ignorar.

2 comentários:

  1. Triste realidade, mas sabemos q td isso são sinais do finais dos tempos. Q Deus nos ajude a sermos verdadeiros intercessores q salve nossas crianças do poder das trevas. Deus te abençoe meu querido irmão. Ore por mim preciso!

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    1. É difícil acreditar que em pleno século XXI o mundo continua inserido em tantas injustiças e o homem não consegue resolver essa situação, e o preço é muito alto! Estarei orando pela irmã e por sua família. Graça e Paz!

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